terça-feira, 26 de janeiro de 2016

o que é fermento natural e porque tanta diferença no resultado

Fermento Natural, Pão de cristo, levain, Lievito Madre, Sourdough.etc. 



O fermento natural tem vários nomes aqui e em outros lugares do mundo, mas o que é fermento natural ? 

O fermento comprado na padaria ou mercado não é natural ? 
sim e não o fermento chamado biológico é uma levedura isolada industrialmente Saccharomyces cerevisiae, também usada na fabricação de açúcar e álcool, gerando após a fermentação e digestão gás carbônico que faz o pão crescer e álcool que quando aquecido no processo de assar evapora e dá o sabor característico ao pão, já o fermento natural captura as leveduras naturalmente encontradas no meio ambiente, como farinha ar etc, e lactobacillus, explicando melhor o fermento biológico gera gás carbônico e álcool o fermento natural gera gás carbônico, álcool, acido lático e acido acético, sendo assim o pão com fermento natural tem maior valor nutricional, menor valor glicêmico e é de mais fácil digestão que o pão com fermento biológico.

Como a fermentação natural libera ácidos láticos e acéticos no processo dai o nome em Ingles Sour ( azedo) Dough ( Fermento), além do sabor e digestibilidade, os pães duram uma semana ou mais,

Sabor de Antigamente..., recentemente levei um dos meus pães em um programa de TV, e um dos entrevistados na hora que provou, soltou " nossa... que pão leve.. e tem sabor de antigamente" .


então porque quase ninguém sabe o que é fermento natural e quase não se pães feitos com ele ?

Tempo isto mesmo tempo de fermentação, na nossa vida moderna tudo é rápido, as padarias tem que produzir o maior numero de pães para ter produtividade, e o fermento natural tem que ser alimentado, tratado com carinho e antes de usa-lo temos que ativa-lo, ou seja um processo demorado e trabalhoso, que as padarias e industrias não tempo e condições de executar.

Qual a saída para termos pães mais saborosos e saudáveis?
a panificação artesanal,
 com pequenas quantidades produzidas, o artesão padeiro pode fazer receitas mais elaboradas, mais complexas utilizando farinhas especiais, receitas de pães internacionais.






segunda-feira, 30 de novembro de 2015

História dos Paes


A História do Pão



Por Chef Sérgio Zocchio


Há estudos que apontam que os pães começaram a ser produzidos há aproximadamente seis mil anos, na região da Mesopotâmia, onde hoje está situado o Iraque. Esse pão era resultado de uma mistura seca, dura e amarga feita à base de farinha de trigo. A origem do pão está intimamente ligada ao processo de sedentarizarão do homem.

O processo de fermentação foi uma técnica desenvolvida pelos egípcios por volta de 4000 a.C., dando ao pão o aspecto pelo qual o conhecemos hoje em dia. Por ser um produto extremamente necessário à alimentação, ele foi usado durante muitos séculos também como moeda. 
Apesar do pão fermentado ter nascido n Egito, foi em Roma que a panificação se desenvolveu, com o aparecimento das primeiras padarias, nesta época os padeiros gozavam de grande prestigio e não por acaso que surgiu em Roma nesta época a politica do “ Pão e Circo”

Durante a Idade Média, o pão era feito artesanalmente no ambiente doméstico pelos camponeses. A limitação agrícola e técnica que tinha essa classe social não possibilitava a produção de pães fermentados, o que resultava em um produto de menor qualidade. Situação diferente era a vivenciada pelos senhores feudais, que consumiam pães de maior qualidade produzidos nas padarias dos castelos. 

O pão chegou a ser inclusive um dos motivos de eclosão da Revolução Francesa. Sendo base da alimentação da população francesa há séculos, a severa queda na produção do cereal tornou o alimento caro e escasso. Este foi um dos motivos que levaram à revolta da população francesa e à queda do rei Luís XVI.
No Brasil o pão chegou com os imigrantes italianos e logo conquistou o nosso paladar, no Brasil o Pão mais consumido é o chamado Pão Frances que não pode ser achado na França, e sim baquetes e outros pães, mas todos teoricamente com  a mesma massa , massa branca básica ou pão de sal, uma vez na sua fabricação somente são usados, farinha, agua, sal e fermento, hoje em dia a indústria da panificação, tem um numero muito grande aditivos e misturas prontas para a panificação, mesmo em relação ao Pão de sal o nosso famoso pão francês existem muitas padarias que compram a massa congelada, apenas deixando o pão crescer e assando em seguida. hoje temos como tendencia padarias especializadas em pães rústicos e artesanais, que por serem mais complexos e demorados, as padarias não tem condições de produzir e compram de terceiros para revender.
 


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Pão Caseiro


Pão Caseiro: Como fazer e quais as vantagens

Cada vez mais temos visto o resgate de hábitos antigos, um deles que vou falar aqui é o de fazer seus próprios pães.
Qual a vantagem em se fazer o pão em casa se existem tantas opções no mercado hoje ?
Muitas no meu ponto de vista, vou citar algumas delas:
Mais Saudável: enquanto o pão artesanal é feito somente com água, farinha e fermento , no caso desta receita manteiga e leite, no Pão industrializado além da farinha, sal e fermento, normalmente: emulsificador, esteres de mono e diglicerídeos de ácidos graxos, acido cítrico, acido ascórbico, propionato de calcio, acido sórbido, azodicarbonamida etc, veja no verso da embalagem do próximo pão que comprar, normalmente em letras minusculas .
e esta mesma massa pode ser assada em vários formatos e também com vários recheios, este é apenas um tipo de pão, este pão pode ser feito em qualquer forno bem como nas maquinas de pão.     


PÃO DE FORMA CASEIRO

      500 grs de farinha de trigo
     1 ovo inteiro
      10 G de sal
      10 g de  açúcar
      50 grs  de manteiga
     10 grs  de fermento biológico seco ou 30 grs do fresco
     300 ml. de água morna

Modo de Preparo:- misture todos os ingredientes, sove bem a massa descanse até dobrar de volume, coloque na forma untada e deixe crescer novamente, se quiser uma cor mais acentuada na casca pincele com ovo,  asse a 180 graus por aproximadamente 20 minutos ( depende de cada forno) ou até que fique assado e com a coloração desejada.( gosto de pães mais dourados)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Pizza feita em casa



Todo Brasileiro adora uma pizza, e para quem gosta de se aventurar na cozinha, vou passar uma receita de massa de pizza super fácil e super gostosa, costumo trabalhar com gramas, mas converti esta receita para medidas que se usam em casa para facilitar o preparo.

Massa para 1 Pizza grande ou duas pequenas

1 pacote 10 g de fermento biologico
1 colher de café de sal
1 colher de café de açucar
1 xic de farinha
1/2 xic de agua morna

misture todos os ingredientes deixe descansar até dobrar de volume
Dica se estiver frio ou estiver com pressa acenda a luz do forno e coloque para fermentar dentro dele
após dobrar de volume modele a massa em 1 ou duas bolas conforme a preferência, e espere a massa crescer de novo.

não costumo utilizar molho pronto faço o meu a partir de tomate, nunca cozinhe o molho para fazer pizza, outra dica se estiver com pressa, utilize tomate pelati em lata, é só abrir a lata e temperar, costumo usar o tomate em pedaços, assim nem preciso de liquidificador.

Agora abra a massa com auxilio de um rolo, se não tiver vale usar garrafa de vinho, já fiz e funciona,

Aqueça o forno na maior temperatura que seu forno permitir, os fornos a lenha de pizzarias chegam a mais de 400 graus, se tiver aquelas pedras de fazer pizza utilize, fica bem melhor, outra dica é utilizar se tiver uma chapa de ferro fundido que couber no forno e assar a pizza em cima, fica quase igual forno a lenha.

Agora é colocar o molho na massa , cobrir com a cobertura de sua escolha e

Bom Apetite

PS tenho feito todo o processo em aproximadamente 1 hora, mais ou menos o tempo de espera de uma pizza aos finais de semana.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

PANCS Plantas Alimenticias não convencionais

Você já ouviu falar em Pancs ?

Pancs Ou Plantas Alimentícias Não Convencionais, é o que há de mais moderno hoje no mundo gastronômico, ou melhor nem tanto, conforme vou explicar mais para a frente neste texto.
 Depois da Gastronomia de vanguarda também conhecida por gastronomia molecular, na qual se conseguem apresentações únicas através de técnicas e produtos especiais, temos agora começando a ganhar destaque o uso ou melhor dizendo resgate do uso de plantas pouco conhecidas do publico em geral, mas que em alguns casos já foram muito conhecidos e utilizados, alguns exemplos Cambuci, Cambuquira, Taioba, Cambui, Jaca, Capuchinha, Ora-pro-nóbis, etc.
 Algumas destas plantas de tão importantes deram nome a bairros de cidades como Cambuci  em São Paulo e Cambuí em Campinas. 
Temos uma variedade enorme de espécies que são comestíveis hoje temos quase 600 que forma testadas para este fim, várias delas podem ser encontradas na sua rua ou no parque mais próximo, alguns exemplos de plantas que são comestíveis e são relativamente fáceis de serem encontradas por terem uso paisagístico,
Feijão Borboleta, Uva Japonesa, lirio do brejo, Camélia, Boa Noite, Taboa, Amor Perfeito, Lírio Amarelo, Ipê Amarelo, Mentruz, Dama da Noite, Hibisco e até plantas consideras pragas como Tiririca, erva-tostão, azedinha, tanchagem, beldroega entre outras.
um simples passeio no bairro desde que você saiba que está colhendo com mais sabor e saúde para sua alimentação, uma vez que estas plantas são isentas de fertilizantes  e defensivos químicos, em uma próxima postagem vou colocar uma receita usando alguma PANC que possa ser relativamente fácil de ser encontrada.

Um Exemplo Feijão Borboleta, as suas flores são usadas, para vários fins culinários, como sucos,chás, e como corante natural para elaboração de pratos


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Azul Marinho a alquimia culinária do nosso litoral.

Azul Marinho ? quem já ouviu falar, infelizmente poucas pessoas, este nome remete a um prato caiçara criado no litoral norte de São Paulo, atualmente pode ser encontrado em Ubatuba e Ilhabela, ambas cidades do litoral norte, este prato que na minha modesta opinião deveria ser muito mais divulgado, é um prato simples e sofisticado ao mesmo tempo, como pode ser, simples apesar de ele usar ingredientes e utensílios de pescadores , quando efetuado de forma correra respeitando-se os ingredientes e utensílios, ele promove uma verdadeira alquimia gastronômica , pois ao se cozinhar o peixe com Banana verde em panela de ferro, este prato fica azulado naturalmente dai o nome azul marinho.

este prato é feito tradicionalmente com peixes de carne firme tais como Robalo, Badejo ( não confundir com Abadejo), Garoupa,Namorado, anchova, etc

abaixo vou colocar uma receita de azul marinho como feito pelos caiçaras do nosso litoral, no próximo post, vou colocar uma receita minha de releitura deste prato caiçara.



Tempo de preparo: Rendimento: 4
INGREDIENTES
4 postas de namorado, anchova ou robalo 3 tomates débora 2 cebolas pera 4 bananas nanicas bem verdes cortadas em 4 com casca 3 dentes de alho roxo 2 g de pimenta-do-reino preta moída suco de 1 limão tahiti 30 g de coentro fresco 30 ml de óleo de milho 3 g de sal refinado 150 g de farinha de mandioca crua 1 pimenta malagueta
MODO DE PREPARO
Para o caldo do pirão Em uma panela de ferro (utensílio indispensável), cozinhar em 1 litro de água salgada a cabeça e o rabo do peixe por aproximadamente 20 minutos. Retirar os pedaços de peixe e juntar ao caldo as bananas com casca previamente passadas na panela de ferro untada com óleo. Deixar cozinhar até que o caldo adquira uma cor azulada e as bananas estejam tenras. Retirar as bananas, descascar e colocar novamente no caldo.
Para o peixe Temperar o peixe com limão, sal, pimenta-do-reino e coentro. Em outra panela, dourar o alho no óleo, acrescentar o tomate e a cebola, salpicar o sal e refogar rapidamente. Desligar o fogo, arrumar cuidadosamente as postas do peixe na panela, colocar um pouco de água, tampar a panela e deixar cozinhar sem mexer por 10 a 15 minutos. Bater no liquidificador a banana com o caldo, obtendo um pirão. Colocar em uma travessa, dispondo as postas do peixe no meio do pirão. Salpicar coentro, e servir acompanhado de farinha de mandioca à parte.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Risoto Arroz Negro com Morangos

RISOTO DE ARROZ NEGRO COM MORANGOS




1 colher sopa de cebola picada, 1 litro de caldo de legumes, 100gr de Morango em Pedaços, 1 colher sopa de manteiga, 2 colheres sopa de azeite, 200gr arroz preto, 150 ml de vinho branco, .
Caldo de legumes
1/2 alho-poró, 1/2 talo de salsão, 1/2 cebola, 1 cenoura, 1 abobrinha, 1 cravo, 1/4 garrafa de vinho branco, 1 bouquet garni (tomilho, louro e alecrim), 5 litros de água.
Para o caldo…
Pique todos os ingredientes e coloque-os em uma panela grande com água. Leve ao fogo baixo, sem ferver, por cerca de 2 horas ou até que os legumes se concentrem no fundo da panela.
Para o risoto…
Em uma panela com azeite, salteie a cebola picada em fogo baixo até que fique transparente. Adicione o arroz preto e continue salteando por mais 2 minutos. Coloque o vinho branco e deixe reduzir; adicione 400 ml de caldo de legumes previamente aquecido; cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre por aproximadamente 50 minutos, na metade final acrescente metade dos morangos em pedaços.
Quando o arroz estiver macio, acrescente a manteiga gelada e mexa até obter a macies desejada, este processo se chama mantecatura e normalmente se usa também queijo parmesão.

Acrescente o restante dos morangos picados ainda frescos para dar cor e contraste no Risoto.